Reporto-me às coisas e atos que constituem o domínio daquilo que não pode ser alcançado pelos nossos macrosentidos, e, por isso mesmo, é deles dito muito pouco! Nem por uma louvação a esse novo e tampouco por abominação do mesmo, o que há é uma nova esperança no subliminar do nanomundo: que se possa refletir a organização da vida humana na sua totalidade e destino, com amor e arte numa outra ordem de escala!
Sunday, December 31, 2006
Saturday, December 30, 2006
1º) "O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo."
2º) Revogada a definição do metro em vigor desde 1960, baseada na transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo do criptônio 86.*
A Décima Primeira Conferência Geral de Pesos e Medidas , que salientou na sua Resolução 10 a urgência, para os fins da alta metrologia, de se chegar a um padrão atômico ou molecular de intervalo de tempo, considerando:
– que a Décima Primeira Conferência Geral de Pesos e Medidas salientou na sua Resolução 10 a urgência, para os fins da alta metrologia, de se chegar a um padrão atômico ou molecular de intervalo de tempo;
– que apesar dos resultados obtidos na utilização dos padrões atômicos de freqüência de césio ainda não chegou o momento para a Conferência Geral adotar uma nova definição do segundo, unidade de base do Sistema Internacional de Unidades, em razão dos novos e importantes progressos que podem ser alcançados em conseqüência dos estudos já em curso;
– considerando também que não se pode mais esperar para basear as medidas físicas de tempo em padrões atômicos ou moleculares de freqüência:
– habilita o Comitê Internacional de Pesos e Medidas a designar os padrões atômicos ou moleculares de freqüência a serem usados temporariamente; e
• 12ª CGPM, 1964, RESOLUÇÃO 8 (CR, 94): PREFIXOS SI FEMTO E ATTO*
A Décima Segunda Conferência Geral de Pesos e Medidas decide acrescentar à lista de prefixos para a formação dos nomes de múltiplos e submúltiplos das unidades, adotadas pela Décima Primeira Conferência Geral, Resolução 12, parágrafo 3º, os dois novos prefixos seguintes:
FATOR PELO QUAL A UNIDADE É MULTIPLICADA PREFIXO SÍMBOLO
10-15 femto f
10-18 atto a
• 15ª CGPM, 1975, RESOLUÇÃO 10 (CR, 106 E METROLOGIA, 1975, 11, 180-181): PREFIXOS SI PETA E EXA**
A 15ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, decide acrescentar à lista dos prefixos SI para formação dos nomes dos múltiplos das unidades, adotada pela 11ª Conferência Geral de Pesos e
Medidas, Resolução 12, parágrafo 3º, os dois prefixos seguintes:
FATOR PELO QUAL A UNIDADE É MULTIPLICADA PREFIXO SÍMBOLO
1015 peta P
1018 exa E
* Novos prefixos foram acrescentados pela 15ª CGPM (1975, Resolução 10).
** Novos prefixos foram acrescentados pela 19ª CGPM (1991, Resolução 4).
• 19ª CGPM, 1991, RESOLUÇÃO 4 (CR, 97 E METROLOGIA 1992, 29, 3): PREFIXOS ZETTA, ZEPTO, YOTTA E YOCTO*
A 19ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) decide acrescentar à lista dos prefixos SI para formação dos nomes dos múltiplos e submúltiplos das unidades, adotada pela 11ª CGPM, Resolução 12, parágrafo 3, pela 12ª CGPM, Resolução 8, e pela 15ª CGPM, Resolução 10, os seguintes.
FATOR PELO QUAL A UNIDADE É MULTIPLICADA PREFIXO SÍMBOLO
1021 zetta z
10-21 zep t z
1024 yotta y
10-24 yoc t y
Múltiplo Nome Símbolo Múltiplo Nome Símbolo
100 metro m
101 decâmetro dam 1 10–1 decímetro dm
102 hectômetro hm 10–2 centímetro cm
103 quilômetro km 10–3 milímetro mm
106 megametro Mm 10–6 micrometro µm
109 gigametro Gm 10–9 nanometro nm
1012 terametro Tm 10–12 picometro pm
1015 petametro Pm 10–15 femtometro fm
1018 exametro Em 10–18 attometro am
1021 zettametro Zm 10–21 zeptometro zm
1024 yottametro Ym 10–24 yoctometro ym
* Fontes:
INMETRO – INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL: http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si.pdf
Enciclopédia TioSam: http://enciclopedia.tiosam.com/enciclopedia/enciclopedia.asp?title=Picometro
** Vale à pena consultar o Link http://pt.wikipedia.org/wiki/Nanotecnologia
Thursday, December 28, 2006
2. Biotecnologia, transgenia, tecnologias de reprodução assistida, clonagem, células-tronco, nanotecnologia e, mais recentemente, nanobiotecnologia. Qual é o diferencial que você confere à nanotecnologia, comparativamente às demais tecnologias: Você concebe que esta inovação poderá resultar em uma transformação radical do que são os seres da Terra ou do que podem vir a ser?
3. Se é possível, mediante a nanotecnologia, manipular os átomos, na sua opinião, quais conseqüências podem automaticamente decorrer para a sociedade, levando em conta os avanços da pesquisa que envolve potenciais aplicações industriais, nos setores de alta tecnologia, na medicina, na defesa, no campo da alimentação e da agricultura etc? Você considera que o papel da nanotecnologia pode diminuir ou aumentar as desigualdades sociais?
4 Quando a técnica não mais representa um processo interessado e dirigido de domínio do homem sobre a natureza, mas a modificação do que até então concebemos como a própria natureza, como você interpreta a intervenção da nanotecnologia no ambiente? Com base nos argumentos que carregam a promessa de solução decisiva dos problemas ambientais ou de que podem causar dramáticas mudanças na agricultura, por exemplo, você coloca a nanotecnologia mais no âmbito de vantagens ou de riscos?
5. É cada vez mais crescente a fusão entre o orgânico e o inorgânico, “a Era das Mesclas, de hibridações de natureza e artifício, de carne e mente...”[1], o que nos faz pensar em formas de vida mistas: biológicas e mecânicas. Como você melhor identifica, então, a natureza humana: como uma luta pela natureza ou a favor dela; como a vontade do homem em se diferenciar do animal irracional; como a própria luta do homem contra a "sua" natureza, de ser humano; como uma reengenharia radical do homem que tende para a necessidade de modificar o corpo e de desenhar sua própria identidade do jeito que quer; como uma nova relação de responsabilidade com a natureza; como um alívio para todos os impulsos humanos condenáveis e perigosos contra os quais lutamos, ou como um necessário equilíbrio entre ambos, homem e natureza?
6. As nanopartículas são partículas de magnitude nanométrica. Para Christopher Lampton[2], “existem poucos limites para o que a nanotecnologia pode fazer”. Pensemos em uma nanopartícula, introduzida no organismo, por uma necessidade de complementação, de ampliação ou de um aperfeiçoamento artificial do corpo natural. Qual sua posição crítica frente à incorporação da nanotecnologia: Você considera que se trata de uma adaptação do homem ao meio ou de uma adaptação do meio ao homem? Por que?
7. Existem vertentes argumentativas de que a nanotecnologia favorecerá a ameaça de “grey goo” (nanopartículas ou nanomáquinas se auto-replicariam, produzindo cópias de si mesmas), não se tendo garantias do controle sobre o resultado disso, como no caso de uma contaminação do meio ambiente, de aplicações militares ou de maior controle sobre o comportamento humano. O que você pensa sobre isso: as nanopartículas teriam mesmo o poder tecnológico de nos precipitar a uma tal indeterminação?
8. O que você pensa a respeito de uma das questões centrais, hoje bastante colocada, para o desenvolvimento científico e nanotecnológico, que se refere ao campo dos limites éticos e legais, face aos novos conflitos? Tudo leva a crer que ela exige, além dos acordos sobre princípios éticos, intervenções reguladoras. Você considera que a nanotecnologia poderá contribuir para tornar os homens melhores do ponto de vista moral e ético?
[1]OLIVEIRA, Luis Alberto. Nanotecnologia assemelha homens e máquinas. Ver em: http://www.comciencia.br/entrevistas/nanotecnologia/oliveira.htm.
[2] LAMPTON, C. Divertindo-se com Nanotecnologia: construindo máquinas a partir de átomos. São Paulo: Berkeley, 1994.
Microscópio de Força Atômica - MFA
Visita ao Laboratório de Filmes Finos e Superfícies - LFFS, do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina.
Agradecimento ao Professor Dr. André Avelino Pasa e à sua equipe que tão bem me receberam!
(Esta é minha mão, um contraste entre o que é macro e o que "vê" nano!).
Monday, December 25, 2006
"Nanotecnologia é a aplicação da ciência de sistemas em escala nanométrica. Um nanômetro (nm) é 1 bilionésimo de metro; reais sistemas em escala nanométrica têm tamanhos que variam de 1 a 100 nm. Por um lado, este regime está entre o mundo sub-nanométrico de átomos individuais e, por outro, o tamanho típico padrão em um circuito eletrônico de última geração (por volta de duzentos nanômetros). É um regime onde a física, a química e a biologia se aglutinam para criar a 'nanociência', de onde a ciência da nanotecnologia possa (um dia) fluir. (Richard Palmer).
INFORME
Palestra do professor Oswaldo Luiz Alves* sobre Nanotecnologia (auditório do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, no Campus do Porangabussu, no dia 13 de setembro de 2006).
A Nanociência é convergente, avalia Oswaldo, envolve diversas áreas do conhecimento, gera vários produtos e tem um mercado global estimado, para o ano de 2010, em US$ 100 bilhões. Apesar de sempre associada a grandes cifras e extraordinários empregos, ela não está distante de nós e não é tão moderna. É estudada desde o século V a.C. e foi alçada à categoria de tecnologia em 1995. "A Nanotecnologia se apoderou da região de tamanho dos átomos. Isso pode causar espanto, mas está na natureza. No esmalte dentário, por exemplo, há nanopartículas de cálcio", explica.
A aplicação da Nanotecnologia, por sua vez, é endereçada a uma grande parcela da população global. É a fabricação de produtos com aplicações variadíssimas e para consumo em massa, ressalta Oswaldo. Com a alteração de nanopartículas podese melhorar o desempenho de produtos desde protetores solares até catalisadores automotivos. Entre os produtos estão meias bactericidas para diabéticos, materiais esportivos mais resistentes e cosméticos mais eficientes.
A área médica é o destino de muitos dos avanços na Nanotecnologia. São materiais implantáveis para reparação óssea e bioabsorvíveis, biofármacos (drug delivery), com distribuição orientada no organismo, sensores implantáveis, implante de retina e robôs cirúrgicos, "um grande sonho que começa a se tornar realidade".
Técnicas de moagem em escala nanométrica promovem maior absorção de medicamentos. "Isso diminui o uso de princípios ativos e barateia custos para o SUS", aponta Oswaldo. "E pode produzir diferenciais de competitividade na fabricação de medicamentos genéricos". Oswaldo descreveu alguns processos de Nanotecnologia, como os que havia apresentado, no dia anterior, no Departamento de Física da UFC. Com a engenharia de partículas nas Ciências da Vida (encapsulamento), pode-se produzir substâncias iguais com formas e atuações diferentes. Na Química de superfície, novos compostos são formados com maior rendimento catalíptico, ou seja, reações químicas mais velozes.
Nos nanocompósitos, constituintes de materiais são misturados em escala nanométrica. É o caso da liberação de ferormônios no acasalamento de insetos. "E existe muito conhecimento nanotecnológico não-institucional que precisa ser preservado", ressalta Oswaldo, citando exemplos de tribos da Amazônia e comunidades ribeirinhas que produzem corantes com misturas em escalas nanométricas.
"Brasil não pode ficar fora"
"Um país como o nosso não pode perder a oportunidade de entrar nesse mercado", afirma Oswaldo. Ele enfatizou que é preciso formar "trabalhadores para a nanoindústria", atrair jovens e ultrapassar barreiras entre as disciplinas. "Ainda há muitos desafios, mas o principal é discutir que Nanotecnologia precisamos desenvolver". Oswaldo propõe que as Ciências Humanas devem estudar os efeitos da Nanotecnologia na sociedade, promover discussões e aprender a trabalhar com seu impacto. "A questão ética está pegando fogo!", afirma, e é preciso favorecer a informação, comunicação e o diálogo com a comunidade científica. O desenvolvimento responsável da Nanotecnologia é para ele premissa fundamental. "É uma tecnologia, então tem que gerar riquezas", enfatiza, exemplificando seu uso no controle de endemias no Brasil. Mas é preciso antes investimento em infra-estrutura e estímulo da mentalidade industrial nos
pesquisadores". (http://www.prppg.ufc.br/edicao11.pdf).
Monday, December 18, 2006
A tese de Doutorado...
Fui meter-me nessa louca aventura do saber: não quero dizer que vou "desvendar" para não ter que comprometer-me a tirar o véu de coisa alguma, mas foi o que escolhi: estudar e compreender melhor a saga da nanotecnologia, que eclodiu nos interstícios da ciência do nanopequeno, em busca da maioridade! O "amor à primeira vista" pela coisa veio com leituras de Pierre Lévy e com as aulas de meu Professor de Mestrado: Norberto J. Etges! Desde lá, desde 1992, estes já me aguçavam a mente para deixar-se ocupar por essa "caixa de Pandora" para muitos temida, que surgiu na calada do cotidiano, subrepticiamente, como a não querer misturar-se ao óbvio. E desde então fui lendo, lendo, lendo, estudando, discutindo e perseguindo tudo o que dizia e diz respeito à nano buscando ter além da necessária armadura de escafandrista muito mais recursos para me manter no fundo.
Centro de Ciências Físicas e Matemáticas - CFM
Departamento de Física - Bloco G.
Escher - "Relatividade no LEGO (A. Lipson )
http://www.andrewlipson.com/escher/relativity.html
Nanotecnologia: questões sobre o tempo e o espaço inteiramente novas
A NANOESCALA "não apenas provocou uma "explosão" no sentido das grandes medidas do tempo e do espaço. O nascimento da nanotecnologia foi o reflexo do mundo constituído por nano decisões e, por essa via, cada indivíduo revelou um universo informacional não linear, mais comumente conhecido como DNA. Em arquitectura, essa complexa rede - inicialmente temida por representar um novo movimento internacional - gerou exactamente o contrário: a emergência da invenção como signo primeiro dessa revolução. É como se, mergulhado no turbulento tecido das mais diversas singularidades, o avêsso do estereótipo produzisse uma cultura da criatividade". (Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Lisboa 1997).
O que sabemos da espacialidade e temporalidade do extramundano? Algo pode ser dito: não se trata do mesmo modo de lidar cotidiano em seu caráter de proximidade. Não é como Heidegger aludia "ao ente que que se acha na 'proximidade' (1). É mais para um ser "inconstituído" em si mesmo pelo indelimitado frente a um modo de ser no espaço e no tempo. Examinando-se com precisão o mundo das coisas nano (ou pico, ou fento ou atto... metro (2), os aspectos são em número infinito e parece ser difícil afirmar que conhecendo um se conhecerá todos. Examinando-se com precisão, a inproximidade do instrumento já se acha indicada no próprios termos que exprimem seu "ser": intangível, indizível e inexplicável! A coisa não "está por aí"! Mas o comportamento dela é influenciado pelo observador e pelo instrumento! Enfim, a Santíssima Trindade se materializa e a pomba da divindade pousa sobre o ombro humano.
ESCHER - SKY n' WATER por UNSUB1
NOTAS
1. HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. São Paulo: Vozes, 2004, p. 149.
2. Micrometro µm 10-6 = 0,000 001 m
Nanômetro nm 10-9 = 0,000 000 001 m
Picometro pm 10-12 = 0,000 000 000 001 m
Fentometro fm 10-15 = 0,000 000 000 000 001 m
Attometro am 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001